quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O GOVERNO DA RUA DE ANTÓNIO COSTA OU A "EFECTIVA CONFUSÃO" DE MÁRIO SOARES
(Texto escrito a 10 de Novembro de 2015)

António Costa consumou hoje a maior golpada da "Real politik" à portuguesa desde o 25 de Abril de 74!

Com efeito, aquele que foi o maior derrotado da noite eleitoral de 4 de Outubro, orquestrou pela via parlamentar uma legitimidade formal para governar, ignorando ostensivamente a vontade popular, negando à aliança vencedora a possibilidade de cumprir o mandato que lhe foi conferido pelo povo.
De uma só assentada, o maior cínico da política portuguesa do pós 25 de Abril, a quem já chamei de "eterno táctico", para não lhe chamar o grande maquiavel, pôs em causa alguns dos pilares fundamentais da democracia portuguesa, que sempre foram respeitados ao longo de 40 anos,

Nesta esquizofrenia política em que estamos metidos importa identificar os vencedores, os cínicos e os idiotas úteis;

1. Os vencedores: são obviamente o BE e o PCP que, com 10% e menos de 8% respectivamente, poderão cada um, a seu belo prazer, por via da assinatura de acordos separados e mutuamente independentes, condicionar a política do Governo do PS, sem se comprometerem com o ónus da governação. A não participação destes 2 partidos no Governo é a prova cabal da "ingenuidade do PS" neste processo, deixando a rua livre para o leilão demagógico dos 2 partidos que supostamente o apoiam no governo! A ausência de compromisso efectivo na não rejeição de um Governo do PS nos próximos 4 anos é a prova óbvia de toda a encenação dos supostos acordos de governação com BE e PCP! Quem é que António Costa pretende enganar?

2. Os cínicos: são António Costa e os seus acólitos do secretariado que, sabendo da embrulhada em que nos estão a meter, tentam salvar a pele distribuindo poder aos esfomeados do mesmo dentro do PS, caucionando dessa forma a sua permanência na liderança daquele que foi o partido de referência da democracia portuguesa, e que desenhou o caminho dos portugueses para a liberdade e para a Europa, precisamente contra os radicalismos da esquerda mãe do BE (UDP, PSR e outros afins) e sobretudo do organizado e pragmático PCP!

3. Os idiotas úteis: aqueles que no PS acreditam na boa fé do PCP e do BE na construção de uma solução de governo sustentável para Portugal nos próximos 4 anos e ainda não perceberam que são apenas a barriga de aluguer de um "Governo da rua" que BE e sobretudo o PCP se preparam para colocar no poder. De facto, BE e PCP sabem que o poder passou para a rua e que o "formal e frágil governo do PS" dela depende para se manter em funções!

Há gestos e actos simbólicos que dizem mais do que mil palavras: no final do debate parlamentar que derrubou o governo dos que ganharam as eleições livres em Portugal, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins juntaram-se aos manifestantes "espontâneos" da CGTP fora do Parlamento, dizendo alto e bom som e de forma subliminar a António Costa e aos idiotas úteis do PS qualquer coisa como isto: "ora assumam lá o ónus da governação que nós temos a Rua como verdadeira vanguarda da mudança".

Mário Soares, o lider político que teve a coragem de traçar a fronteira da liberdade em 1975, e combateu na rua o totalitarismo da extrema esquerda em geral e do PCP em particular, tem andado ruidosamente silencioso neste tempo de tempestade política. Não é seu hábito calar-se, como sabemos! Todavia, no meio deste turbilhão deixou cair, na Covilhã, uma curta mas muito significativa expressão sobre o momento político que vivemos: "uma efectiva confusão". Ele lá sabe porquê!

António Ribeiro
(Texto escrito a 11 de Novembro de 2015)
VISEU EM NOVEMBRO
(Texto escrito a 9 de Novembro de 2015)


Depois de uma viagem de 6ª Feira à noite onde aproveitei para jantar e dar um abraço fraterno a muitos e bons amigos reunidos por uma importante causa na Mealhada, acordei este Sábado sob um sol radioso nas terras abençoadas da Beira Alta.

Saltei da cama com a fúria de quem não queria perder um único minuto do dia. Rapidamente mobilizei a familia, a começar por uma jovem de 87 anos que tenho a sorte de ter como mãe!

Partimos sem stress pelo caminho mais sinuoso, mas também mais encantador, desfrutando dos tons de grená, castanho, amarelo torrado e tantos outros que compõem o cenário magnífico das nossas vinhas do Dão em meados de Outono. Depois de uma homenagem obrigatória e sentida aos que já partiram mas que nunca morrem, embrenhamo-nos pelas Silvãs, Rio de Moinhos, Ladário, Povolide, Vila Meã até à mui nobre e sempre leal cidade de Viseu.

Chegámos à hora do repasto e aportámos numa casa de referência da Cidade, saciando as vísceras de forma generosa com os prazeres e sabores da Beira Alta. Em suma, um regalo! Dispensámos o café à mesa e fomos degustá-lo a uma das muitas e boas pastelarias da cidade.

Dali partimos para revisitar a Rua Formosa, o Largo da Sé, as Portas da Cidade, o sedutor Rossio! Tudo isto num rimo e cadência de quem saboreia um fruto desejado, sempre à procura de mais um sabor, mais um pormenor, mais uma tonalidade, mais uma emoção! Subimos ao meu velho, mas renovado e melhorado, Liceu Alves Martins. Que mistura tão doce de memórias e sobretudo de promessas credíveis de futuro que este espaço encerra!

Depois descemos e evoluímos até ao Largo de Sta Cristina. Passo a passo, metro a metro, fomos saboreando e degustanto esta cidade onde nasceu o nosso Rei fundador e cujo senhorio, pela sua reconhecida importância, viria a ser entregue ao nosso Infante Navegador, D. Henrique, Duque de Viseu!

Paradoxalmente, seria destas terras de serra e de interior que sairiam os primeiros navegadores da Ordem de Cristo que, começando com a Conquista de Ceuta em 21 de Agosto de 1415, ergueriam o primeiro império pluricontinental do planeta, que apenas se encerrou 600 anos depois, com a passagem de Macau para a China em 1999.

Sensações e ideias a reter: uma cidade bem arrumada, limpa, com jardins e espaços verdes impecavelmente tratados e com uma segurança nas ruas e outros espaços verdadeiramente invejável! 
E tudo isto sem presunção nem arrogância, sendo apenas aquilo que genuinamente é, fazendo juz a uma história que é anterior à nossa nacionalidade! Convenhamos que tudo isto já não é coisa pouca!

Regressámos à nossa doce aldeia, reunimos irmãos e familiares, partilhámos mesa e experiências em fraterno convívio, não sem antes voltarmos a revisitar um dos centros históricos mais bonitos das vilas portuguesas em Aguiar da Beira.

O dia esteve quente e particularmente agradável, o calor das gentes da Beira fez o resto! O magusto foi ponto obrigatório, com as castanhas que só o frio e o carácter da Beira Alta são capazes de criar!

O Domingo traz-nos outro dia radioso, pouco habituais aliás neste mês rigoroso de Novembro. Um passeio à aldeia próxima onde nasceu o meu maior amigo, o meu pai claro está! Faz-me companhia o mais novo dos meus filhos que, com apenas 9 anos, ouve pequenas mas verídicas estórias dos seus antepassados que por ali viveram e, à sua maneira, ali foram felizes!

À tarde outra experiência radical para o jovem João: apanhar míscaros e tortulhos nas matas da Escusa! Que consolo e alegria para quem ainda há poucos minutos atrás reclamava da falta de qualidade da internet e do facto de não ter trazido a playstation!

Por fim, um regresso a Lisboa com a saborosa sensação de que quem tem estas raízes e gentes tem a obrigação de ser feliz!

António Ribeiro
(Texto escrito a 9 de Novembro de 2015)
ANTÓNIO COSTA E OS DETALHES DO GOVERNO COM A EXTREMA ESQUERDA
(Texto de 20 de Outubro de 2015)

António Costa e o PS, Catarina Martins e o BE foram hoje ao Presidente da República dizer que têm uma solução sólida e sustentável para governar.

Há apenas pequenos detalhes a acertar para fechar o acordo de governo da coligação de esquerda, nomeadamente, se o BE e o PCP participam ou não no Governo! É preciso ter lata!

Sejamos sérios e falemos claro: o que isto significa é que António Costa e Catarina Martins foram ao Presidente da República com uma mão cheia de nada.

Dizer que têm um acordo mas que falta definir, por exemplo, a participação ou não no Governo do BE e do PCP significa na prática que não há qualquer acordo.

Aquilo que pode comprometer o BE e o PCP com o Governo da dita coligação de Esquerda é a sua pertença ao Governo. Caso contrário, BE e PCP não se comprometem com coisa nenhuma, ficam livres para continuar a agitar e dominar a rua, enquanto fritam em lume brando o PS atirando-lhe o ónus e o odioso da assumpção dos compromissos internacionais, como são exemplo o tratado orçamental, a permanência no Euro e na Europa, a NATO, entre outros temas menos populares para a base de apoio destes partidos radicais.

António Costa traíu Seguro, prometeu uma vitória grande ao PS e foi estrondosamente derrotado, e agora, para fechar com chave de ouro, faz batota democrática resgatando na extrema esquerda os mandatos que não foi capaz de obter em eleições livres!

António Costa até poderá conseguir condições formais no Parlamento para ser 1º Ministro, mas não tem quaisquer condições morais para governar com autoridade e legitimidade, o que significa na prática que, dificilmente, os portugueses se reconhecerão neste alegado líder de Governo!

Espanta-me muito o silêncio das figuras maiores do PS sobre este pretenso Governo com a extrema esquerda! Mário Soares e o PS foram a fronteira da liberdade contra o radicalismo da esquerda portuguesa, onde se incluem o PCP e os antecessores do BE, como a UDP e outras formações radicais, traçando para Portugal um rumo de liberdade e tolerância que o levaram à integração europeia.

É esse PS que António Costa e a sua ambição sem escrúpulos está a enterrar neste momento. É péssimo para Portugal e para a democracia portuguesa. Saimos todos piores disto tudo e o preço poderá ser altíssimo, lamentavelmente!

Espero que esta tragédia não se venha a concretizar, a bem do País, dos portugueses e do próprio PS!

António Ribeiro
(Texto de 20 de Outubro de 2015)
A LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO

O Português tem cerca de 250 milhões de nativos falantes, é a 5ª língua mundial e é a que mais cresce em termos de conteúdos na internet neste momento.

É falada nos 4 continentes, Europa, África, América e Ásia, sendo que apenas o Inglês se lhe compara neste atributo da maior importância.

O português liga o chamado Atlântico-médio (Angola, Cabo Verde, Guiné e S. Tomé e Principe a oriente e Brasil a ocidente), o ìndico e o Pacífico (Moçambique, Macau e Timor Lorosae). No século XVI foi a língua franca dos negócios e do comércio em todo o oriente.

A presença geográfica do português nos 4 cantos do mundo fazem da nossa língua, segundo os filólogos e especialistas da matéria, uma lingua de resistência!

A confirmar-se esta vontade do Zimbabwe é mais uma boa notícia para o reforço de um dos nossos maiores activos. Estou convicto que outros se juntarão.

António Ribeiro
(Texto escrito a 19 de Outubro de 2015)
ANTÓNIO COSTA E O RESGATE DOS VOTOS PERDIDOS
(Texto escrito a 12 de Outubro de 2015)

Para conseguirmos perceber este exercício de contorcionismo político de António Costa, precisamos de identificar 3 fases distintas que tiveram lugar em menos de 1 ano.

Fase1: ainda há menos de 1 ano
António Costa já era 1º Ministro de Portugal, só seria necessário esperar pelas eleições, que obviamente confirmariam, quiçá, por maioria absoluta a vitória do novo secretário Geral do PS. Finalmente o PS tinha um SG que não se limitava a ganhar por "poucochinho", mas que iria ganhar por muitos, obviamente!

Fase 2: desde Julho até ao dia das eleições
António Costa e a sua direção começam a sentir que, afinal, a coisa não ía ser fácil, e que a coligação de Passos e Portas poderia vender cara a pele. De um momento para o outro, o salvador do PS e o homem que convenceu os seus militantes que a vitória era certa e por larga margem, começou a viver o desconforto e a acidez de negar as sondagens e de prometer que o resultado provaria que as empresas do sector estavam todas enganadas.

Fase 3: depois das eleições
António Costa entra em estado profundo de negação. De um momento para o outro, o predestinado à vitória por muitos, perde pela mesma quantia, mas nega tudo o que disse e defendeu, não apresentando a sua demissão, única saída que seria digna e coerente com tudo aquilo que defendeu para afastar António José Seguro!
A vertigem dolorosa de passar de promitente 1º MInistro a grande derrotado da compita eleitoral atirou António Costa contra o espelho da realidade, que este não aceita e nega, produzindo cenas de um conturcionismo político nunca visto no PS.
Com efeito, na impossibilidade de dar ao PS e aos seus militantes aquilo que lhes havia prometido, a vitória, António Costa lançou-se numa encenação política perigosa para o PS e para o País, buscando à esquerda os votos e os mandatos que o povo, pela via democrática, lhe negou nas urnas!
Em bom rigor, ao arrepio da tradição responsável do PS, que se afirmou no regime democrático português, pela mão de Mário Soares, na luta contra o radicalismo de esquerda, António Costa, na luta desesperada pela sua sobrevivência política, tenta levar a cabo uma operação suicida de resgate dos mandatos da esquerda, em troca do takeover político e ideológico do PS pela extrema esquerda!
Obviamente que tudo isto vai acabar muito mal para o PS, a menos que a comissão política do PS e os seus militantes não se permitam servir de avalistas de um empréstimo de mandatos cuja taxa de juro jamais o PS poderá pagar!

António Ribeiro
(texto escrito a 12 de Outubro de 2015)
ANTÓNIO COSTA: DE GRANDE DERROTADO A GRANDE DESCARADO
(Texto escrito a 5 de Outubro de 2015)

Quando as sondagens ainda atribuíam a António Costa vantagem muito confortável , escrevi mais uma heresia: disse que António Costa não ía lá das pernas, basicamente porque sacrificava tudo à táctica política, em prejuízo da coerência e da autenticidade (reproduzo abaixo o que escrevi no facebook no início de Julho)!

Parece que não me enganei, e o exercício quase patético a que António Costa se prestou esta noite não abona a seu favor. A única opção digna que António Costa tinha era, obviamente, demitir-se!

Como é que alguém que expulsa da liderança do partido o secretário Geral em funções porque ganhou por poucos, é derrotado por muitos, e pode achar que reúne condições para continuar?

De facto António Costa ganhou esta noite o troféu do grande derrotado. Depois daquele exercício de contorcionismo político inqualificável e pouco digno, ganhou um outro troféu: o do grande Descarado!

António Ribeiro
(Texto escrito a 5 de Outubro de 2015)
ANTÓNIO COSTA , O ETERNO TÁCTICO!
(Texto escrito a 4 de Julho de 2015)

As últimas sondagens têm vindo a colocar em estado de choque o estado maior do partido socialista! De um momento para o outro, e contra todas as expectativas da opinião publicada, a coligação governamental aparece posicionada a par do PS, podendo disputar com este a sorte das próximas eleições.

Atónitos e completamente atordoados com estes "inesperados" resultados das sondagens, os dirigentes socialistas começam a encontrar na prisão preventiva de José Sócrates a causa de todos os males, qual injusta maldição que se haveria de abater sobre tão virtusoa liderança socialista!
A verdade é que António Costa nunca conseguiu fazer do PS uma alternativa credível à actual maioria, fazendo da táctica a panaceia para derrotar os partidos do governo, acreditando que o percurso errático perante diferentes televisões e audiências, haveria de conquistar a simpatia e a crença do eleitorado.
Com efeito, e desde o preciso dia da sua eleição, António Costa tem vindo a presentear-nos com uma enorme insegurança e, sobretudo, com contradições insanáveis que importa registar:
1. No congresso da sua eleição como Secretário-Geral veio defender ao arrepio da tradição responsável do PS alianças políticas e governativas à esquerda, como se alguma vez fosse possivel governar com o PCP e BE, para passado poucos dias vir a reconhecer as virtualidades do Bloco Central que Mário Soares e Mota PInto souberam construir;

2. Embalado pela euforia da vitória do Syrisa precipita-se para os écrans televisivos e celebra em gáudio os resultados deste partido, ignorando de forma cínica o seu parceiro natural, o PASOK, que acabava de ser vexado nas urnas. Passado algum tempo, e perante o comportamento irresponsável e já notoriamente indefensável das gentes do Syrisa, viria a corrigir o tiro e a apelidar de tonta a atitude destes jovens radicais, que mais não fizeram do que agravar de forma brutal as muitas dificuldades do povo Grego;

3. A compor o ramalhete convida para a liderança do Grupo Parlamentar um conjunto de jovens turcos radicais do PS, embevecidos com a dita dinâmica Syrisica, comandados por uma figura apagada e conotada com o passado, o Dr. Ferro Rodrigues. O resultado foi o que se viu: quase todos os dias o Dr. António Costa tem de vir a terreiro corrigir e emendar os desvarios e disparates da liderança daquele Grupo parlamentar do PS;

4. A cereja em cima do bolo tem sido a saga do apoio provável, verosímil, eventual, possivel, admissivel, e sabe lá mais o quê, à candidatura do Professor Sampaio da Nóvoa à Presidência da República. Primeiro foi o convite para falar no Congresso da sua eleição, depois foram encontros "fortuitos" em acções de rua conjuntas, mais tarde é o convite para a convenção do PS, enfim tudo meras coincidências que algumas almas maldosas insistem em entender como o apoio explícito mas não assumido do Dr. António Costa à candidatura em apreço.

Em suma, táctica, táctica e mais táctica... António Costa no seu melhor, não fora ele o eterno táctico!
Cá para mim, não acredito que António Costa chegue lá! TEnho a vantagem de o dizer mesmo quando as sondagens e as euforias partidárias diziam que o António Costa daria 5 a 0 à coligação governamental! Para já não passa do empate e tenho fortes suspeitas que poderá vir a perder o jogo mesmo sem ir a prolongamento. A Ver vamos!


António Ribeiro
(Texto escrito a 4 de Julho de 2015)
MAIS UM CASO LAMENTÁVEL!

(Texto escrito a 30 de Junho de 2015)

Juntaram-se à mesa os interesses do costume, reuniram-se as ditas personalidades de "prestígio" do chamado arco da governação e foram principescamente premiados com salários e honorários simplesmente pornográficos para o País em que vivemos.

A montante de tudo isto, os escritórios de advogados e a banca de investimento do regime organizou os processos e assessorou chineses e portugueses!

Ficou tudo muito feliz com a a forma magnânimo como foi possível distribuir mais este interessante bolo pelo bloco central e o seu sempre útil apêndice de serviço, o CDS, sob a égide e a mestria desse mago da gestão chamado António Mexia (pois é, o Zeinal Bava também era um dos Deuses da gestão até há muito pouco tempo, e eu que o diga! É bonita a festa pá e toda a minha gente, os do costume, saiu a ganhar!

E o interesse nacional? E a salvaguarda dos interesses estratégicos do País e dos trabalhadores destas empresas? Relembro apenas, que só estamos a falar de toda a estrutura energética nacional que foi entregue de bandeja ao estado Chinês!

E isso interessa lá para alguma coisa, o que é preciso é fartar a malta...
E eu continuo a achar que aquilo que é preciso é animar a malta, com trabalho qualificado, com rendimento, com competências, com competitividade, com valor acrescentado nas actividades que desenvolve!

Por último, os meus parabéns à coragem do Tribunal de Contas e ao seu Presidente que é um cidadão que não meteu a ética, nem a responsabilidade cívica na gaveta! Que nunca lhe falte a coragem, Dr. Guilherme de Oliveira Martins!

António Ribeiro
(Texto escrito a 30 de Junho de 2015)
ANTÓNIO COSTA, O SALVADOR!

(texto escrito a 9 de Abril de 2015)


Pois é: há poucos meses atrás António Costa era o messias salvador que rapidamente colocaria o PS no poder, com uma vantagem eleitoral claríssima, usando a linguagem do futebol, nunca menos de 5 a 0 ao Passos Coelho e à coligação no poder! 

Quem dissesse o contrário era apelidado de ignorante e desprovido de qualquer visão política. 

Sei do que estou a falar, ouvi-o dezenas de vezes da boca da dita gente esclarecida e inteligente da política, eufórica com os primeiros foguetes mediáticos da eleição do nobel secretário Geral do PS! 

Pois é, vamos ver como a coisa evolui, mas hoje já é claro que António Costa é mais uma das criações das jotas e da táctica política, revelando uma enorme falta de profundidade e consistência políticas.

António Ribeiro
(texto escrito a 9 de Abril de 2015)
SYNRISAMENTE...
(Texto escrito a 28 de Fevereiro de 2015)

A princípio era o regresso da política à União europeia, finalmente!
Depois foi a descoberta do resgate da dignidade de um povo pela mão de gente preparada e corajosa que nos havia de libertar da opressão e das maldades da Alemanha!
Logo a seguir era o ressuscitar de uma nova era de luta política contra a austeridade e da afirmação de uma alternativa, não só possivel, como necessária, para livrar a Europa dos desmandos e repetidos erros da Sra Merkel.
A tese chegou rapidamente a Portugal e António Costa, de uma só assentada, fez do Syrisa o parceiro político natural do PS, enterrando em campa rasa, e sem direito a lápide, o velho irmão PASOK...
Por toda a parte choveram profissões de fé no Syrisa e nas qualidades virtuosas dos seus líderes e protagonistas. Além de Tsipras, o nobel ministro das finanças Grego desafiava a enquistada Europa e os cavaleiros do demoníaco sistema capitalista, com as suas arrojadas teorias progressistas de "marxista errático". 

Para consumo interno Tsipras anunciava, mais uma vez, o fim da austeridade e da humilhação da Troika, enquanto Varoufakis desfilava o seu charme nas capitais europeias, sem gravata, claro está!
Eis senão quando a realidade desceu à terra, qual ressaca silenciosa, e de um momento para o outro percebe-se a fragilidade e impreparação das gentes do Syrisa, batendo em retirada sem honra nem glória para o Grego Olimpo. Pela Europa fora, orfãos da derrota da encenação Syrisica, desapareceram os discursos e seus autores.
Em Portugal, os irmãos e primos naturais do Syrisa, o BE e o PCP, aconchegados pelos parentes adoptados da direção do Grupo parlamentar do PS, por sua vez abençoados pela agilidade táctica de António Costa, desceram rapidamente e sem demora a rampa do silêncio até ao blackout total.
Afinal qual a diferença de resultados na arena negocial entre o Syrisa e as forças políticas gregas anteriores? A menos das gravatas confesso que, synrisamente, ainda não percebi...
PS: noto, com grande preocupação, que a esquerda radical festejou com fogo de artifício o novo governo grego, sem questionar a aliança anti-natura com a extrema-direita! Julgava esta auto-proclamada esquerda dos valores menos táctica e mais seguidora de princípios e convicções. Parece que me enganei...

António Ribeiro
(Texto escrito a 28 de Fevereiro de 2015)
PORQUE SOU TÃO IGNORANTE

(texto escrito a 27 de Fevereiro de 2015)

Definitivamente Portugal está a viver uma enorme revolução! 

Há pouco tempo atrás atrevi-me a questionar a tão propalada competência do Sr. Zeinal Bava e fui apelidado de ignorante por alguém que conheço há 20 anos! 
Nessa altura, não muito longínqua, o Sr. Zeinal Bava era um dos Deuses do Olimpo português, pornograficamente pago pelo GES/BES ( o que no seu conceito é a mesma coisa!), ou seja, por todos nós! 

Em suma, nessa época, cujos meses de distância ainda conto com os dedos das 2 mãos e 2 pés, havia algumas verdades inquestionáveis que o comum dos mortais, como eu, não estava autorizado a questionar! 

Há muito percebi porque é que Zeinal Bava (e seus acólitos) ganhou o dinheiro que ganhou e os tão anunciados títulos de melhor CEO português e Europeu, qual mago da gestão internacional. 

Todavia, devo confessar que só agora tomei contacto com a melhor síntese para explicar tão grande sucesso: "Porque estavam 15 mil milhões da PT investidos no GES? Porque sim, disse Zeinal Bava!" 

Enfim, o meu conhecido de longa data tem razão, não passo de um ignorante, afinal é tudo tão simples, basta fazer a vontade ao Patrão, assim sem mais nem menos...Valha-me Deus...

António Ribeiro 
(texto escrito a 27 de Fevereiro de 2015)

domingo, 4 de janeiro de 2015

PARA QUE SERVE UM CONGRESSO?

    (escrito a 3 de Dezembro de 2014)

    O recente congresso do PS suscita-nos várias dúvidas e interrogações que importa esclarecer. Senão vejamos:
    1. O congresso serviu para o partido assumir, como lhe compete, novos compromissos com os seus eleitores e simpatizantes? Infelizmente não foi isso que aconteceu, atirando-se para as calendas, numa futura convenção (mais uns estados gerais???), o estudo e apresentação de propostas concretas para a governação do País. Mas insisto: não era suposto o congresso servir para isto mesmo?
    2. O congresso serviu para o partido fazer uma reflexão sobre o seu percurso, analisando erros e falhas cometidos, procurando identificar as causas dos mesmos e o desenho de estratégias e medidas para as superar em futura governação? Obviamente que não! Descobrimos sem surpresa que o PS não tem qualquer responsabilidade na situação em que o País se encontra, tendo ficado claro que a situação de bancarrota a que chegámos em 2011 não foi mais do que obra da alta finança e dos Países do norte da Europa, querendo castigar-nos, mais uma vez, pela nossa baixa produtividade! A duplicação da dívida pública em 6 anos de governação e os cofres vazios depois de desmandos e desvarios governativos foi uma conspiração dos inimigos e eternos adversários do PS!
    3. O congresso serviu para refrescar os órgãos nacionais e encontrar novos actores políticos menos dependentes dos lugares do Partido? Salvo honrosas excepções, que apenas confirmam a regra já habitual nestas circunstâncias, foi mais do mesmo! Ainda não consegui perceber a diferença entre as gentes do Sócrates e do António Costa!

    Afinal para que é que serviu o congresso?
    1. Para lamber as feridas da detenção de José Sócrates, rasgando os discursos de véspera e adiando sem data as homenagens de reabilitação pré-anunciadas nas primárias!
    2. Para festejar em comício o regresso ao País das maravilhas com promessas de novas despesa mas sem se justificar onde se pode cortar para as podermos sustentar!
    3. Para limpar as mãos como pilatos da actual situação em que vivemos responsabilizando em exclusivo o PSD, esse irmão político siamês, por todas as desgraças que nos atingem (como mudam as coisas em 3 anos...), como se o fardo que ora carregamos não fosse uma resultante de décadas de erros e desvarios governativos de ambos...
    4. Por último, a cereja em cima do bolo: o anúncio de uma desejada política de alianças à esquerda com partidos como o Bloco e PCP que são contra tudo aquilo que sustenta o nosso modelo de desenvolvimento no seio da Europa ocidental, isto é, o Euro, a própria Europa e a Nato! Bonito, tanto disparate e irresponsabilidade vai seguramente sair-nos muito caro.
    Em suma, mais do mesmo, a mensagem subliminar é sempre a mesma: o povo anda distraído e tem memória curta, pelo que podemos prometer agora aquilo que nunca conseguiremos cumprir e podemos negar agora tudo aquilo que antes fizemos, porque o tempo tudo cura e esquece!
    Enfim, nunca mais aprendemos...
    António Ribeiro

FIM DE REGIME?

(escrito a 22 de Novembro de 2014)

Já aqui escrevi que a lusa Pátria tem tido, de duzentos em duzentos anos, crises muito profundas que, não fora a resiliência deste nobre povo, já há muito havíamos desparecido como nação soberana e independente!
Em resumo cronológico temos:
- crise de 1383-1385: salvamos a soberania da Pátria "elegendo" como Rei o nosso D. João I, filho bastardo de outro Rei. A visão deste, e o génio militar e coragem de D. Nunes Álvares Pereira, permitiram-nos derrotar Castela em Aljubarrota;
- crise de 1580: D. Sebastião morre em Alcácer Quibir e não deixa descendência. Castela "convence" praticamente toda a nossa nobreza a respeitar a linha de sucessão que passava por Filipe II de Espanha, filho de D. Isabel de Portugal. Depois do reinado inteligente deste, vieram filho e neto que rapidamente se esqueceram dos compromissos assumidos com os portugueses. Em 1640, o povo saiu à rua, liderado pelo Rei D. João IV e recupera a nossa soberania e independência!
- crise de 1807: os exércitos de Napoleão invadem pela 1ª vez Portugal, tendo a Corte de D. João VI fugido para o Brasil, de modo a garantir a nossa independência. Só à fome morrem mais de 50.000 portugueses e o País vive sem Rei nem Roque durante décadas, funcionando praticamente como um colunato inglês até à 2ª metade do século XIX. Acresce a tudo isto a perda da joia da Coroa, o Brasil, em 1822. Anunciou-se mais uma vez o fim do País, mas a nação resistiu!
Cerca de 200 anos depois, tendo pelo meio dois momentos fundamentais com o fim da Monarquia em 1910 e a ditadura em 1974, a Pátria confronta-se novamente com uma crise profundíssima, que está longe de ser exclusivamente económica e financeira.
O problema é antes de mais do sistema político, passando pelos seus actores e respectiva organização.
O sistema político-partidário bloqueou e há muito que foi comprado pelos interesses instalados. Rodamos as cores partidárias no poder, mas os resultados são invariavelmente os mesmos.
O bloco central dos interesses, corporizado no chamado arco da governação (PS, PSD e CDS), que nos (des)governa há 40 anos, no essencial estabeleceu entre sí um sistema de coexistência em concubinato, trocando cheques e favores entre as nomenclaturas dirigentes.
A renovação e sobretudo a regeneração dos partidos políticos não é permitida pelos caciques instalados no poder, situação agravada pela fonte de recrutamento, as juventudes partidárias, estarem viciadas nos tiques e esquemas do sistema vigente.
Acresce que nos últimos tempos temos assistido a uma catadupa de casos judiciais com decisões de prisão efectiva ou simples detenções que sinalizam a podridão do sistema, e envolvendo figuras importantes do regime, como Armando Vara, Duarte Lima, José Penedos, Paulo Penedos, Ricardo Salgado (até há poucos meses o Dono Disto Tudo), os presidentes do IRN, SEF e SIS e, a cereja em cima do bolo, o próprio José Sócrates.
Ao mesmo tempo caía a família de referência do sistema financeiro português, os Espírito Santo, arrastando consigo alguns dos seus rapazes mais bem pagos, como Henrique Granadeiro ou Zeinal Bava, tendo este último sido condecorado recentemente pelo Sr. Presidente da República pela sua "genialidade como grande gestor da PT". O trambolhão da PT e a sua anunciada venda pelos brasileiros da OI veio mostrar de forma cristalina o embuste em que vivemos no plano mediático, político e empresarial, atirando-se uma das maiores empresas nacionais para uma situação de profunda fragilidade que não augura nada de bom para o País e para os seus trabalhadores.
Meus caros, a coisa fede brutalmente e, ou eu estou a ver mal isto tudo, ou isto anuncia fim de regime!
Faço votos que a justiça faça o seu trabalho com total independência e no escrupuloso respeito pelas leis da República. Já agora, dispensa-se espalhafato e circo no tratamento das coisas da justiça, sendo seguramente recomendável a discrição e o recato dos trabalhos e das decisões.

António Ribeiro

De vez em quando é mandatório voltar a Fernando Pessoa


    "Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
    Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
    Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de sí, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
    Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de sí mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
    Pedras no caminho?
    Guardo todas, um dia vou construir um Castelo..."
    Fernando Pessoa

O protesto da Fenprof ou o abuso das regras mais básicas do Estado Democrático


    Aquilo que os responsáveis pelos protestos na Guarda fizeram é simplesmente miserável, não tem outra qualificação!
    E não tem qualificação porque não respeita o dia de Portugal, ou seja, não respeita os portugueses, porque não respeita as Forças Armadas, porque não respeita a Presidência da República (podemos discordar do Professor Cavaco Silva, mas temos de respeitar a instituição democrática), porque não respeita sequer a pessoa humana, no momento em que ela é mais frágil e desfalece (os protestos continuaram mesmo depois do lamentável episódio que vitimou o Sr. Presidente da República!).
    Protestar, pois claro, onde quiserem e têm 364 dias para o fazerem dentro dos limites que a lei estabelece, agora no dia da Pátria, e durante o discurso do Presidente da República às forças armadas, peço desculpa, mas não!
    Ainda é o Dr. Mário Nogueira o representante sindical dos professores? Se eu fosse professor a esta hora estaria a sentir-me profundamente desconfortável, para usar um eufemismo! O disparate também tem limites!
    António Ribeiro
    (escrito a 12 de Junho de 2014)

Mais um aniversário, graças a Deus!


      Minhas queridas amigas e amigos, gostaria de agradecer a todos a lembrança do meu aniversário e os votos de parabéns.
      Para os que não sabem, quando vim ao mundo assinei um contrato de 100 anos, eventualmente renovável por mais 100 se nenhuma das partes o denunciar!
      Já cumpri quase metade do contrato, 49 anos é uma idade fantástica que só poderá ser superada pelos 50, 51 e por aí fora......
      Gosto da vida, daquilo que faço por aqui e, sobretudo, daquilo que ainda me falta fazer, que é tanta coisa... e seguramente boa! Sinto-me profundamente apaixonado por todos os projectos que ainda me faltam fazer e não costumo ser leviano em matéria de paixões!
      O melhor ainda está para vir e amanhã é mais uma etapa nesta fantástica caminhada.
      Obrigado a todos pela vossa amizade!

      abraço fraterno e até sempre
      PS: faço absoluta questão de continuar a receber os vossos votos de parabéns até, pelo menos, ao fim do 1º contrato de 100 anos. Quem desistir será severamente penalizado, com castigos e sevícias que, por uma questão de decoro, não me atrevo agora a reproduzir.

    António Ribeiro
    (escrito a 8 de Outubro de 2014)

FINALMENTE UM DUPLO PACTO DE REGIME!


(escrito a 22 de Novembro de 2014)

Já não era sem tempo!
Há anos que a sociedade portuguesa reclama um pacto de regime em questões essenciais, nomeadamente, na educação, na saúde e na justiça, retirando do contraditório político matérias essenciais para o nosso desenvolvimento colectivo!
Apesar dos múltiplos esforços neste sentido não foi possível encontrar, até ontem, um denominador comum aos ditos partidos do arco da governação!
Inclusivamente, há pouco mais de um ano atrás, o próprio Presidente da República procurou encostar o PSD, CDS e o PS às cordas, condenando-os a um entendimento que deveria estruturar um programa de governo com uma duração suficientemente longa que permitisse a sua implementação sem recuos de capricho e interesse aquando das mudanças de Governo.
A verdade é que após 40 anos de democracia nunca tal consenso foi atingido!
Todavia, e porque nada é definitivo na vida, ontem foi possível atingir, finalmente, o primeiro desses pactos de regime!
Sem prejuízo das suas "profundas" diferenças ideológicas e do "enorme" foço que separa os seus programas governativos, PSD e PS conseguiram entender-se ontem, com enorme sacrifício, numa matéria que exigiu profundo estudo e negociação entre as partes, ou seja, o restabelecimento das subvenções vitalícias para os detentores de cargos políticas após 12 anos de exercício...
Com efeito, não deve ter sido fácil este entendimento. Imagine-se a dificuldade que deve ter sido o nobel candidato a Secretário Geral do PS, do alto do seu imaculado pedestal, miraculosamente protegido pelos media da praça, vergar-se a um entendimento com o maléfico 1º Ministro que mais não faz mais do que espalhar o seu cinismo e maldade ao pobre povo!
Mas tudo se entende quando se trata de matéria do maior interesse nacional e colectivo, ficando-lhes o País eternamente agradecido pela sua capacidade de compromisso e generosidade!
Com efeito, PSD, CDS e PS culpam-se mutuamente no circo diário dos media da falta de diálogo da outra parte. Mas haja Deus que sempre há uma matéria merecedora de tão grande esforço e sacrifício de entendimento, ou seja, a reposição das já referidas subvenções vitalícias aos políticos!
Finalmente foi possível estabelecer um pacto de regime que proteja o bolso dos detentores do poder, mesmos quando o miserável povo come todos os dias o pão que o diabo amassou! Mas que importância tem isto quando o que está em causa é a proteção das elites governativas em prol do interesse da nação?
Mas felizmente que o pacto de regime não foi apenas o atrás referido!
Isto não há fome que não dê em fartura: depois do pacto de ontem eis que hoje somos surpreendidos por um outro que nega tudo o que acordaram ontem, classificando a iniciativa do dia pretérito, não como algo absolutamente imoral e ofensivo do povo que governam, mas antes como algo inoportuno face às dificuldades do momento.
Isto é, depois de mais uma miserável negociata que os partidos do centrão dos interesses fizeram ontem, e perante o clamor do pobre povo, dão o dito por não dito, não por terem percebido que aquilo que fizeram é absolutamente miserável e indigno de qualificação, mas porque, o povo está muito atento e não é oportuno consumar mais um negócio da nomenclatura que há demasiado tempo (des)governa o País!
E desta forma, a bem da Nação, se consuma o 2º pacto de regime em tão pouco tempo, ou seja, negar tudo o que defendemos ontem, clamar no Parlamento, e para otário ver, contra o disparate da proposta (sabe-se lá vinda de onde) do dia anterior, e esperar com sageza e recato pelo melhor momento de distração do povo para voltar à carga com as ditas subvenções vitalícias.
Hoje, depois de mais um duro dia de trabalho chego a casa e leio com estupefação, nas mensagens escritas que agora cobrem o fundo do écran, que PSD e PS aplaudem a retirada da proposta de reposição das subvenções vitalícias!
Fiquei muito mais descansado e, seguramente, irei dormir com outro ânimo, não sem antes agradecer a Deus a generosidade e o desinteressado contributo que PS e PSD hoje deram à Nação e aos portugueses!
Sou eu que estou a ficar louco ou isto fede a fim de regime?

António Ribeiro