(escrito a 3 de Dezembro de 2014)
O recente congresso do PS suscita-nos várias dúvidas e interrogações que importa esclarecer. Senão vejamos:
1. O congresso serviu para o partido assumir, como lhe compete, novos compromissos com os seus eleitores e simpatizantes? Infelizmente não foi isso que aconteceu, atirando-se para as calendas, numa futura convenção (mais uns estados gerais???), o estudo e apresentação de propostas concretas para a governação do País. Mas insisto: não era suposto o congresso servir para isto mesmo?
2. O congresso serviu para o partido fazer uma reflexão sobre o seu percurso, analisando erros e falhas cometidos, procurando identificar as causas dos mesmos e o desenho de estratégias e medidas para as superar em futura governação? Obviamente que não! Descobrimos sem surpresa que o PS não tem qualquer responsabilidade na situação em que o País se encontra, tendo ficado claro que a situação de bancarrota a que chegámos em 2011 não foi mais do que obra da alta finança e dos Países do norte da Europa, querendo castigar-nos, mais uma vez, pela nossa baixa produtividade! A duplicação da dívida pública em 6 anos de governação e os cofres vazios depois de desmandos e desvarios governativos foi uma conspiração dos inimigos e eternos adversários do PS!
3. O congresso serviu para refrescar os órgãos nacionais e encontrar novos actores políticos menos dependentes dos lugares do Partido? Salvo honrosas excepções, que apenas confirmam a regra já habitual nestas circunstâncias, foi mais do mesmo! Ainda não consegui perceber a diferença entre as gentes do Sócrates e do António Costa!
1. O congresso serviu para o partido assumir, como lhe compete, novos compromissos com os seus eleitores e simpatizantes? Infelizmente não foi isso que aconteceu, atirando-se para as calendas, numa futura convenção (mais uns estados gerais???), o estudo e apresentação de propostas concretas para a governação do País. Mas insisto: não era suposto o congresso servir para isto mesmo?
2. O congresso serviu para o partido fazer uma reflexão sobre o seu percurso, analisando erros e falhas cometidos, procurando identificar as causas dos mesmos e o desenho de estratégias e medidas para as superar em futura governação? Obviamente que não! Descobrimos sem surpresa que o PS não tem qualquer responsabilidade na situação em que o País se encontra, tendo ficado claro que a situação de bancarrota a que chegámos em 2011 não foi mais do que obra da alta finança e dos Países do norte da Europa, querendo castigar-nos, mais uma vez, pela nossa baixa produtividade! A duplicação da dívida pública em 6 anos de governação e os cofres vazios depois de desmandos e desvarios governativos foi uma conspiração dos inimigos e eternos adversários do PS!
3. O congresso serviu para refrescar os órgãos nacionais e encontrar novos actores políticos menos dependentes dos lugares do Partido? Salvo honrosas excepções, que apenas confirmam a regra já habitual nestas circunstâncias, foi mais do mesmo! Ainda não consegui perceber a diferença entre as gentes do Sócrates e do António Costa!
Afinal para que é que serviu o congresso?
1. Para lamber as feridas da detenção de José Sócrates, rasgando os discursos de véspera e adiando sem data as homenagens de reabilitação pré-anunciadas nas primárias!
2. Para festejar em comício o regresso ao País das maravilhas com promessas de novas despesa mas sem se justificar onde se pode cortar para as podermos sustentar!
3. Para limpar as mãos como pilatos da actual situação em que vivemos responsabilizando em exclusivo o PSD, esse irmão político siamês, por todas as desgraças que nos atingem (como mudam as coisas em 3 anos...), como se o fardo que ora carregamos não fosse uma resultante de décadas de erros e desvarios governativos de ambos...
4. Por último, a cereja em cima do bolo: o anúncio de uma desejada política de alianças à esquerda com partidos como o Bloco e PCP que são contra tudo aquilo que sustenta o nosso modelo de desenvolvimento no seio da Europa ocidental, isto é, o Euro, a própria Europa e a Nato! Bonito, tanto disparate e irresponsabilidade vai seguramente sair-nos muito caro.
Em suma, mais do mesmo, a mensagem subliminar é sempre a mesma: o povo anda distraído e tem memória curta, pelo que podemos prometer agora aquilo que nunca conseguiremos cumprir e podemos negar agora tudo aquilo que antes fizemos, porque o tempo tudo cura e esquece!
Enfim, nunca mais aprendemos...
António Ribeiro
1. Para lamber as feridas da detenção de José Sócrates, rasgando os discursos de véspera e adiando sem data as homenagens de reabilitação pré-anunciadas nas primárias!
2. Para festejar em comício o regresso ao País das maravilhas com promessas de novas despesa mas sem se justificar onde se pode cortar para as podermos sustentar!
3. Para limpar as mãos como pilatos da actual situação em que vivemos responsabilizando em exclusivo o PSD, esse irmão político siamês, por todas as desgraças que nos atingem (como mudam as coisas em 3 anos...), como se o fardo que ora carregamos não fosse uma resultante de décadas de erros e desvarios governativos de ambos...
4. Por último, a cereja em cima do bolo: o anúncio de uma desejada política de alianças à esquerda com partidos como o Bloco e PCP que são contra tudo aquilo que sustenta o nosso modelo de desenvolvimento no seio da Europa ocidental, isto é, o Euro, a própria Europa e a Nato! Bonito, tanto disparate e irresponsabilidade vai seguramente sair-nos muito caro.
Em suma, mais do mesmo, a mensagem subliminar é sempre a mesma: o povo anda distraído e tem memória curta, pelo que podemos prometer agora aquilo que nunca conseguiremos cumprir e podemos negar agora tudo aquilo que antes fizemos, porque o tempo tudo cura e esquece!
Enfim, nunca mais aprendemos...
António Ribeiro